segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Rio de Janeiro agradece sua ligação

Em julho passado, a Central Disque Denúncia do Rio de Janeiro recebeu um total de 38.664 ligações. Apenas 43 delas não foram atendidas. Para quem gosta de detalhes estatísticos, significa que perdemos uma ligação em cada 889 chamados da população. Trata-se de um belo indicador.

O importante de nossos números é que os operadores não têm restrição de tempo de atendimento, podem conversar e ouvir o que nos tem a contar os denunciantes o quanto for necessário. O tempo que nos preocupa é aquele entre a chamada e o atendimento a ela. Em julho, 79% das ligações tiveram tempo de espera inferior a dez segundos.

Nossos atendentes são treinados para a realização de uma entrevista, na verdade. Aprendem técnicas que vão desde a adequação de vocabulário e perguntas básicas para coleta de dados à construção de uma postura não julgadora com relação aos denunciantes, suas posições e opiniões emitidas sobre os fatos informados.

Garantir um bom atendimento, pelo qual passa o estabelecimento de uma relação de confiança entre dois interlocutores, o denunciante e o atendente, é nossa maior preocupação. O Rio de Janeiro agradece sua ligação.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Organizando o crime

Informações chegadas ao Disque-Denúncia dão conta de que houve uma aliança entre traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC - SP) e do Terceiro Comando Puro (TCP - RJ), para atuar em Sapinhatuba, Angra dos Reis. O bairro fica situado à margem da rodovia Rio Santos (BR 101), na entrada do município.

A polícia do Rio está atenta. Em 2008, em uma operação para cumprir 40 mandados de prisão, foram presos 25 traficantes, entre eles três supostos líderes locais e uma mulher que era o contato do bando em São Paulo. Três taxistas presos levavam drogas de São Paulo para Angra.

Recentemente, policiais civis prenderam na cidade um homem que pertenceria à facção paulista, acusado de ser um dos maiores fornecedores de entorpecentes nas regiões de Angra e Paraty - e que também responde a processos em São Paulo por tráfico de drogas e homicídio, onde teria assassinado um policial.

De acordo com os autos de um processo judicial sobre o tráfico na Sapinhatuba, há na localidade uma organização criminosa muito bem organizada e articulada, que se dedica a traficar crack, cocaína e maconha. Segundo as denúncias, as armas e as drogas viriam por Ubatuba, litoral norte de São de Paulo, que se limita com Paraty.

Há relatos de que traficantes dos bairros de Santíssimo, Realengo e Padre Miguel, ligados ao TCP, estariam se transferindo para aquela localidade a fim de reforçar o tráfico local, em função da repressão policial.

Segundo outras denúncias, o tráfico de drogas, apesar das prisões, continua procurando manter sua rotina de vendas. Para isso os traficantes estabeleceram o terror nas comunidades: proíbem a entrada de pessoas para visitar parentes no complexo e impedem o acesso de agentes de serviços públicos.

A quadrilha é responsável por uma série de mortes com requintes de crueldade.