sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Expansão do mercado - ADA e TCC em São Paulo

Integrantes da ADA (Amigos dos Amigos, Rio) já estão organizando nas penitenciárias e presídios paulistas uma união com o TCC (Terceiro Comando da Capital, SP). Esta aliança visa tirar do PCC o monopólio da distribuição de maconha e cocaína no estado de São Paulo.

No Rio, a ADA é unida ao Terceiro Comando e conseqüentemente, é rival da facção Comando Vermelho (CV). Alguns de seus líderes estão presos em Presidente Prudente, SP.

Em maio passado, uma carta foi apreendida no Centro de Detenção Provisória-2 do Belém (Chácara do Belém, Zona Leste de SP). Relatava que presos da ADA estavam “batizando” afilhados na ala de isolamento da unidade. Contavam com celulares e tinham fichas de inscrição e cópias do estatuto da facção para distribuir aos interessados.

Há estimativas de que a ADA mantinha, até maio deste ano, pelo menos 20 "filiados" no CDP 2 do Belém, convivendo com presos do TCC. Após a apreensão da carta, presos ligados às facções ADA e TCC foram transferidos para a Penitenciária de Presidente Prudente.

Em Presidente Prudente a ADA teria predomínio entre os 823 presos (capacidade do local: 630 detentos). Alguns líderes do grupo são do Rio e foram presos em São Paulo, mas a grande maioria é de dissidentes do PCC. Nas ruas, a união entre as facções carioca e paulista também contaria com integrantes que foram expulsos do PCC.

A facção criminosa já teria montado pontos de drogas nas ruas e base estratégica em presídios de São Paulo. Líderes da ADA que migraram do Rio, teriam dominado um ponto de venda de drogas na cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Na noite do dia 7 de agosto deste ano, integrantes da ADA e do PCC teriam trocado tiros no bairro Jardim Morada do Sol, Indaiatuba. Os dois grupos rivais disputavam pontos de drogas na região.

Recentemente, Degmar Rufino, o Cigano, 43 anos, integrante da ADA do Rio, foragido da Penitenciária de Presidente Prudente, ateou fogo ao escritório de seu advogado. Motivo: o defensor não conseguiu a progressão do regime fechado para o semi-aberto. Cigano agiu com a mulher, o filho e a nora, presos na rodovia Anhanguera.

Duas denúncias falam de traficantes do TCC em áreas da ADA na zona oeste do Rio de Janeiro. Uma relata que mais de 20 traficantes do TCC, fortemente armados, estariam vendendo drogas em Paciência. Outra faz referência a uma mulher com ligações com o TCC, que estaria guardando as armas da facção em Cordovil.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tráfico e desmatamento no Rio

Traficantes de drogas do Andaraí, Formiga, Morro da Cruz e Turano, entre outros que estão baseados no Maciço da Tijuca, estão abrindo clareiras na mata para poder fugir mais rapidamente de batidas policiais.

No Sumaré, ocorreu reflorestamento, foram plantadas varias espécies de árvores, mas traficantes do Morro da Formiga retiraram várias delas para feitura de trilhas de fuga.

Na Rocinha e da Tijuca estariam cortando árvores para aumento de seus redutos e fazer trilhas nas matas, até o Alto da Boavista. São montadas tendas ou barracas para locais de endolação, esconderijos e guarda de armas. Muitos usam esses locais para cativeiro e cemitérios clandestinos.

Em outras regiões este fato se repete. Em uma das áreas da Serra da Misericórdia está localizado o Complexo do Alemão, composto por 17 comunidades. O tráfico ocupa as poucas áreas restantes de vegetação, sendo constantes os deslizamentos de terra. Se acontecer uma chuva mais forte, há risco de desabamentos, ameaçando a vida das pessoas que moram no entorno.

A Central Disque-Denúncia recebeu desde 2002, 1590 relatos das mais diversas formas de desmatamento, entre elas, as de ações dos traficantes.