quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Inovação 2 - maconha e marketing

Há algum tempo, a polícia do Rio (27º BPM) apreendeu numa favela de Santa Cruz, zona oeste do Rio, uma droga que foi batizada de criptonita. É uma mistura de maconha com cocaína ou crack que causa efeitos devastadores.

Este "mesclado" já existia na década de 90, conhecido como zirrê. O nome zirrê é uma sofisticada referência às cabeçadas do ex-jogador de futebol francês Zinedine Zidane e uma derivação da palavra francesa désir (desejo): desirée.

Bem mais forte do que a maconha e até que a cocaína pura, a droga é conhecida de freqüentadores da praia de Ipanema e já ganhou comunidades em sites de relacionamento na Internet, nas quais os usuários compartilham seus modos de preparo. Seu consumo no Rio de Janeiro vem crescendo há mais de um ano. Ela também é conhecida como craconha.

O próprio consumidor pode preparar a mistura, depois de comprar, separadamente, a maconha e o crack. No Orkut, essas experiências são compartilhadas sem pudor.

Entre os sintomas dos usuários estão: aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos; queda de temperatura, dilatação da pupila, face avermelhada e diminuição do apetite. Podem surgir quadros de esquizofrenia, paranóias e medos sem motivo aparente.

Para os especialistas, as chamadas "dependências cruzadas", são um perigo, porque uma potencializa o efeito da outra. Como o nome indica, qualquer super-homem que entrar em contato com esta droga torna-se fraco e pode até morrer.

Uma das grandes vantagens da maconha para o negócio de drogas é o seu aspecto inocente, divertido até, que permite atrair a clientela jovem com facilidade para o jogo pesado. E alguns traficantes fazem isto com razoável sofisticação.