terça-feira, 28 de abril de 2009

O cidadão está fazendo sua parte

Mais de cem mil pessoas ligaram para o Disque-Denúncia no ano passado. Suas informações levaram a polícia a prender criminosos, desbaratar quadrilhas, libertar pessoas de cativeiro, salvar vidas.

O cidadão está fazendo sua parte.

Certamente não está assistindo, passivo, ao que acontece no Rio de Janeiro.
É injusto afirmar que o carioca aceita conviver com a violência e a impunidade ou com a degradação de sua cidade, que aqui ninguém faz nada.

Nós estamos fazendo, 24 horas por dia.

Conhecemos nossas limitações, principalmente porque vamos de encontro a elas todos os dias.
Não nos falta, muitas vezes, vontade de jogar a toalha, de largar tudo e ir dar uma volta na Lagoa. Mas logo que surge um resultado qualquer, retomamos nosso caminho, vamos em frente. Um pequeno sucesso pode ser chamado de tudo, menos de fracasso.

Sabemos que fazemos diferença.

Assim como fazem diferença centenas de organizações e pessoas que dão seu tempo e seus recursos a projetos sociais espalhados por toda a cidade, e que também são exemplos da resistência e da obstinação dos cariocas.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Por que o Disque-Denúncia paga recompensa?

O DD lançou uma oferta de recompensa por informações que levem ao esclarecimento da morte da enfermeira Leslie. Quem ajudar a polícia a investigar este trágico crime poderá receber uma recompensa de cinco mil reais.

A maioria das pessoas denuncia por indignação, chocados com a desenvoltura dos criminosos, que agem com a certeza de que jamais serão alcançados pela lei. É por isso que os cidadãos se utilizam do Disque-Denúncia, para canalizar essa indignação.

Então, porque pagar recompensa?

Um dos motivos reside exatamente no fato de esta ser uma questão polêmica. Sabemos que tudo o que é polêmico é de interesse da imprensa. Vira notícia. Assim, o anúncio de uma recompensa tem grande repercussão e mais pessoas tomam conhecimento de um acontecimento, aumentando as chances de que alguém que tenha uma informação importante possa ser alertado e ajude a polícia esclarecer um caso.

Acontece, também, que nem todos pensam e se comportam da mesma forma com relação ao crime e à violência. Existem pessoas que são absolutamente indiferentes ao que acontece em nossa sociedade, não se tocam ou não acreditam que valha a pena envolver-se nessas questões. Há também aqueles que estão próximos dos criminosos, e que não os denunciariam sem uma forte razão.

Para algumas pessoas, que podem eventualmente ter informações relevantes para a polícia, a recompensa pode ser o único motivo que as faça superar a apatia ou o medo, levando-as a ligar para o Disque-Denúncia.

sábado, 18 de abril de 2009

Pirataria

No dia a dia da luta contra o crime, chamamos Pirataria à prática de produzir, vender ou distribuir produtos sem a expressa autorização dos proprietários de uma marca ou produto. Falsificação. Isto é crime, e dos grandes. Afirma-se que movimenta mais recursos do que o tráfico de drogas.

Quando alguém compra uma cópia, um produto falso, não está pagando aos criadores e produtores da obra, e sim ao falsificador. Sem falar nos impostos não recolhidos. No caso de produtos com alta incidência fiscal, o maior volume de recursos desviados é de tributos. Menos escolas e hospitais.

Pirateia-se de tudo, mas o que mais se falsifica são CDs e DVDs, softwares, roupas, calçados, cigarros e remédios. Em um ano, de abril/2008 a abril/2009, o Disque Denúncia recebeu 2.795 informações sobre produtos pirateados. Cerca de 1.200 referiam-se a CDs e DVDs. Recebemos também mais 700 denúncias sobre postos que vendem gasolina adulterada. Outras 120 denúncias relatam falsificação de marcas de roupa famosas, principalmente daquelas que fabricam camisas de times de futebol.

Camelôs do Rio vendem também tênis falsos de marcas conhecidas. No camelódromo da Uruguaiana e em outros pontos de concentração de camelôs, nos bairros de Campo Grande, Madureira e Pavuna compram-se brinquedos, óculos, perfumes, bebidas, produtos alimentícios e cigarros.

Com a pirataria no Brasil, o governo deixa de arrecadar bilhões de reais por ano em impostos, conforme dados divulgados pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual - órgão criado com a finalidade de fiscalizar a atividade do mercado informal de produzir e vender artigos sem licenciamento.